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Saiba como o Design Thinking pode aumentar a competitividade dos negócios

Design Thinking
Especialista do Senac EAD esclarece que a abordagem pode e deve ser empregada em diversas atividades econômicas

Criado na década de 1990 pelos especialistas David Kelley e Tim Brown (consultoria em inovação IDEO), o Design Thinking surgiu com objetivo de propor uma nova abordagem na resolução de demandas do setor empresarial. Embasado em fatores como empatia, criatividade e aprendizado, a técnica é inspirada no design, por isso, a tradução literal na língua portuguesa é “desenhar pensando” ou “desenvolver pensando”.

Nesse sentido, é importante destacar que os três pilares desse conceito são: empatia, colaboração e experimentação. Por meio desses fatores e com foco nas necessidades dos clientes, os profissionais procuram transformar ideias e impressões em produtos e mudanças organizacionais.

Thiago Marques é professor nas áreas de Marketing e Inovação do Senac Santa Catarina (SC) e destaca que, além do conjunto de métodos, processos e premissas, o que realmente agrega valor nas organizações são os comportamentos adotados no ambiente laboral.

“Todo negócio passa por um ciclo natural de defasagem de seus produtos e serviços, e a renovação da oferta de valor para o segmento que a empresa atua é uma necessidade básica para quem pretende sobreviver ao teste do tempo. E claro, neste contexto, a forma de entender inovação e resolução de problemas vindas da filosofia por trás do Design Thinking cria os meios necessários para os colaboradores da empresa estarem aptos a alavancar estas renovações”, esclarece.

Como implementar o Design Thinking nas organizações?

De acordo com o professor do Senac SC, os negócios digitais já são uma realidade em todos os segmentos empresariais, mesmo em organizações mais tradicionais. Com essa perspectiva, os conceitos do Design Thinking contribuem assertivamente no modelo de trabalho e, ainda, nos processos de comercialização de produtos e serviços.

“Vale ressaltar que temos cases das aplicações, não apenas em empreendimentos com foco em tecnologia, mas, também, no varejo e indústria, serviços essenciais como saúde e energia e ainda, na gestão pública. Toda e qualquer organização que tem como objetivo soluções centradas no ser humano pode se beneficiar diretamente”, argumenta.

Sendo assim, é fundamental seguir algumas etapas para o desenvolvimento do trabalho, lembrando que não se trata de um modelo fechado, mas, que será executado, a partir da realidade econômica e social do empreendimento. Contudo, para facilitar a coleta de informações, realizar o diagnóstico e propor as soluções, os seguintes passos serão positivos para o projeto, confira:

– Entendimento: cria um cronograma de trabalho a ser seguido e elenca os parâmetros que precisam de uma observação mais apurada;

Observação: auxilia a identificar problemas e detalhes do negócio, para contextualizar os objetivos do projeto. Nessa fase, é preciso uma atenção especial com as pessoas, a fim de entender as percepções pessoais e coletivas dos funcionários e clientes;

– Ponto de vista: informações e impressões são apresentadas para o grupo de trabalho, de forma que todos compreendam o que foi encontrado e o que precisa ser modificado;

– Ideação: trata-se da fase em que o projeto começa a ganhar forma, já que foram definidos pontos vulneráveis e prioridades para atuação da equipe;

– Prototipagem: momento da formatação do novo projeto, reforçando a cautela na execução e necessidade de atenção às interações do público interno e externo;

– Teste: nada mais é do que a aplicação prática das ideias reunidas pela equipe e de estar aberto ao feedback positivo ou negativo;

– Interação: com base nas interações com as pessoas envolvidas, é fundamental processar as informações, de forma a definir o que muda e o que permanece, e o que precisa ser integrado na solução.

Diante desses requisitos, Thiago pontua a relevância de criar uma escuta ativa com os funcionários, pois, a contribuição pode ser fundamental para assertividade do projeto. “Todo colaborador conta com um conjunto de percepções de como melhorar processos, produtos e métodos dentro da empresa, e o Design Thinking ajuda a destravar o real potencial dessas pessoas que, muitas vezes, pode ficar perdido no meio da cultura corporativa tradicional”.

O especialista acrescenta que a abordagem apresenta uma forma de pensar que permite questões como experimentações, tentativas e erros de entendimento que só serão aprimorados quando se está disposto a correr o risco. “E essa confiança criativa nas equipes é essencial para empresas que estão buscando de alguma forma se manter inovadoras no mercado”.

Quais as melhorias na experiência do cliente?

No atual cenário mercadológico, a agilidade na criação de soluções para problemas precisa ser rápida e eficaz. Sendo assim, não atender as demandas significa perder espaço competitivo.

O Design Thinking ajuda a empresa a manter o foco na perspectiva do cliente, entendendo que o centro do negócio são as pessoas, e são elas que criam os meios para o crescimento.

“Com essa perspectiva, renovar a oferta de valor frequentemente já é uma obrigação de qualquer organização que deseja se manter em destaque no mercado. Por isso, a implementação de estratégias ágeis é um dos caminhos que muitos estão escolhendo como a saída para lidar com um mercado cada vez mais dinâmico e exigente”, conclui.

Fonte: In Press Porter Novelli – Aline Oliveira 

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