SES (Secretaria Estadual de Saúde) informou nesta sexta-feira (10) que suspeita de morte provocada por varíola dos macacos em Mato Grosso do Sul foi descartada. Segundo a pasta, o resultado laboratorial do paciente com indícios do vírus monkeypox teve o resultado “não detectável” para a doença.
A investigação foi feita por laboratório vinculado à UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Um homem, de 31 anos, que morava em Camapuã, município distante 141 quilômetros de Campo Grande, morreu no sábado (6) e apresentava erupções na pele, sintoma comum da varíola.
Ele foi encaminhado ao HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) após sofrer um AVC (Acidente vascular cerebral).
Até o momento, apenas um óbito foi confirmado no Brasil, no fim de julho – um paciente de Uberlândia (MG). Mais de 2 mil casos da doença foram notificados em território brasileiro.
Conforme o secretário estadual de Saúde, Flávio Britto, o Estado não possui transmissão entre sul-mato-grossenses. Ou seja, todos os casos registrados tiveram contato com pacientes de fora. Até o momento, há 10 casos confirmados.
O agravo é causado pelo vírus monkeypox e é transmitido para humanos via contato com animal ou humano infectado, ou com material corporal humano contendo o vírus. Apesar do nome, no entanto, os primatas não são reservatórios do vírus, conforme o Ministério da Saúde.
“O ferimento na pele passa por diferentes estágios e pode se parecer com varicela ou sífilis, antes de finalmente formar uma crosta, que depois cai. Quando a casca desaparece, a pessoa deixa de infectar outras pessoas. A diferença na aparência com a varicela ou com a sífilis é a evolução uniforme das lesões”, diz nota da pasta.
O próprio sistema imunológico é capaz de eliminar o vírus e curar o paciente, mas o isolamento é preconizado durante o período em que o paciente estiver doente, como principal forma de reduzir número de infectados.
Embora o vetor seja desconhecido, as principais hipóteses são pequenos roedores, como esquilos, nas florestas tropicais da África, principalmente na África Ocidental e Central. O monkeypox é comumente encontrado nessas regiões e pessoas com a doença são ocasionalmente identificadas fora delas, o que motivou alerta internacional.
Fonte: Campo Grande News