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Teratoma; o tumor formado com dentes, unha e cabelos

teratoma
Oncologista explica quais os sintomas, diagnóstico e tratamento

Com aspectos que provocam susto e certa agonia, o Teratoma tem sido assunto desde que a influenciadora Drielly Arruda descreveu em suas redes sociais, as características desse tumor recém-descoberto em seu organismo.

 

A oncologista e professora do curso de Medicina da Uniderp, Jessika Rojo, conta que o teratoma é um tumor formado por células germinativas, ou seja, células precursoras de diferentes tipos de tecido e órgãos do nosso corpo. “Sendo assim, é comum que sejam encontrados cabelos, pele, dentes, unhas e até dedos dependendo do tipo de células presentes, e o seu aspecto pode causar estranheza de fato”, explica a especialista.

Mais frequente nos ovários, no caso das mulheres, e nos testículos, nos homens, se desenvolvem desde o nascimento sendo causado por uma mutação genética que acontece durante a formação do bebê. De forma geral são assintomáticos e de crescimento bastante lento, sendo em sua maioria, identificados na infância ou já na idade adulta, através de exames realizados se presença de suspeita clínica ou até mesmo de rotina.

É necessário fazer exames frequentes e consultas para avaliar o grau de desenvolvido do tumor. A médica destaca que quando o teratoma está muito desenvolvido pode causar aumento do volume abdominal, ou da região escrotal, dores constantes ou sensação de pressão. Caso haja aumento progressivo de tamanho ou dúvidas quanto o diagnóstico, é recomendada a realização de cirurgia seguida da avaliação histopatológica para verificar se há ou não a presença de células malignas. “Caso o teratoma seja maligno, o médico avaliará a necessidade de fazer quimioterapia ou radioterapia, aumentando assim a chance de sucesso do tratamento”, explica.

Em algumas situações, o tumor pode ser identificado no ultrassom pré-natal. Para o diagnóstico, é necessário realização de exames laboratoriais, de imagem, como ultrassonografia, tomografia computadorizada e/ou ressonância magnética, e exame histopatológico. Embora seja uma alteração genética, o teratoma não é hereditário e, por isso, não passa de pais para filhos.

Fonte: Camila Crepaldi – Ideal H+K Strategies

 

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