As datas para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) se aproximam e mais de 3,3 milhões de vestibulandos se preparam para as provas dos dias 13 e 20 de novembro. A jornada de estudos na reta final que antecede os exames é imprescindível para o bom desempenho de candidatos. Especialistas ressaltam que a postura física adequada pode contribuir para o bem-estar e para a concentração nesse período.
Como explica a coordenadora do curso de Fisioterapia da Faculdade Anhanguera, professora Gisele Abreu, a ergonomia (ciência que estuda as interações entre indivíduos, lugares e equipamentos) pode ser a solução para auxiliar no aprendizado de estudantes. “Para os estudantes que acabam por passar horas sentados estudando, cuidar da postura e manter uma posição correta na cadeira é imprescindível para ter mais qualidade de vida e menor cansaço muscular”, afirma.
As diretrizes ergonômicas fazem parte de um conjunto de procedimentos relacionados à organização espacial, o objetivo é o de proporcionar qualidade de vida em atividades laborais ou estudantis. Os conceitos tomam como base a análise dos movimentos relacionados aos equipamentos de performance, como mesas, cadeiras, livros e computadores. “Manter a coluna ereta, cabeça alta e ombros retos são alguns fatores que vão auxiliar a ter uma boa postura. O que vai otimizar o corpo, amenizando dores e cansaços. Além de investir nas boas condições do espaço de estudo”, pontua.
A qualidade dos estudos dentro do lar dos candidatos pode ser beneficiada por mudanças simples na postura. A docente da Anhanguera destaca os cinco pontos de atenção para atividades em casa:
Local. Estudar deitado na cama ou no sofá pode representar um risco para a saúde e para o aprendizado, uma vez que o corpo relaxa e o candidato pode sentir sono. O ideal é procurar uma mesa e cadeira para essa atividade.
Membros superiores. Não é indicado ler e escrever com a cabeça apoiada na mão. Os cotovelos devem estar encostados sobre a mesa, juntos ao corpo, com os punhos e mãos formando ângulo reto, para evitar o desenvolvimento de dores crônicas.
Membros inferiores. Cadeiras ajustáveis são ideias para manter os pés no chão enquanto uma pessoa está estudando. Caso não seja acessível, alguns objetos podem funcionar como substituição, como caixas e pilhas de livros como apoio para os pés.
Tronco. É importante manter o tronco encostado na cadeira. Para auxiliar, a altura dos monitores deve estar alinhada aos olhos, para não gerar cansaço ou desgaste na região do pescoço.
Iluminação. Com luzes fracas, é comum aproximar o rosto para leitura e forçar a musculatura do rosto, o que resulta em cansaço mental e dores físicas. O brilho do monitor deve estar regulado e a luz natural deve ser priorizada.
Fonte: Safira Pinho