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71 milhões de brasileiros estão endividados: MS ocupa 7º lugar no ranking

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Especialista explica quais são os melhores caminhos para quitar as dívidas e sair do vermelho até o final do ano

Colocar a vida financeira em dia exige comprometimento e mudança de postura em relação às finanças. Não será exatamente rápido sair das dívidas, mas com um bom planejamento é possível encerrar o ciclo de endividamento. 

 

A falta de planejamento financeiro é um dos grandes responsáveis pelo alto índice de inadimplência no país. De acordo com o último Mapa de Inadimplência e Renegociação de Dívidas do Serasa (2023), o Brasil atingiu 71,9 milhões de famílias endividadas, um total de 44,9% de lares no país. Já o estado do Mato Grosso do Sul está em 7º lugar no ranking de inadimplentes, batendo 48,8% de devedores. 

 

A professora do curso de Ciências Contábeis da Uniderp, Lizandra Menezes, ressalta que sair das dívidas é tarefa difícil e que exige determinação. “É necessário que, de imediato, seja feita uma avaliação da situação financeira da família para identificar o que está acarretando gastos mais altos que a renda. Pode levar tempo, mas é possível deixar as contas em dia seguindo um cronograma que estabelecerá ponderação na hora de gastar com itens ou programas não tão essenciais como parecem à primeira vista”, explica a docente. 

Ainda de acordo com Lizandra, o maior vilão do endividamento das famílias é o cartão de crédito que, segundo aponta o Mapa de Inadimplência, em maio desse ano, por exemplo, é responsável por 31,9% das inadimplências.

 

Para evitar o endividamento e alcançar a estabilidade financeira até o final do ano, a especialista sugere algumas estratégias simples e eficazes: relacione todas as dívidas e entre em contato com os credores para negociar os pagamentos, procure feirões que ofereçam descontos de até 99% para renegociar suas dívidas e utilize o 13º salário para amortizar essas pendências.

 

Além disso, a professora destaca a importância do autoconhecimento para evitar novas dívidas. Compreender o motivo das compras, evitar compras compulsivas, comparações sociais, materialismo e vulnerabilidade de consumo são fatores cruciais para um melhor controle financeiro. Para equilibrar a renda, Lizandra orienta que o ideal é destinar 70% para os gastos mensais fixos e deixar o restante para gastos variáveis, lazer, saúde e caso necessário o pagamento dos empréstimos/financiamentos, além de poupar por meio de um bom investimento e ter uma reserva para gastos emergenciais.

 

Para evitar novas dívidas, a especialista aponta as seguintes dicas: 

 

– Tenha uma planilha de controle de gastos, incluindo despesas fixas mensais e gastos com cartão de débito. 

Faça uma lista antes de ir ao supermercado, defina uma data fixa para compras, sejam elas mensais ou semanais e pesquise preços, aproveite os dias da semana que tem as ofertas de determinados produtos. 

Evite ter muitos cartões de crédito, priorize o pagamento à vista e, se precisar parcelar, escolha o número de parcelas sem juros. 

Opte por meios de transporte mais econômicos, caso use regularmente um veículo, é essencial que faça revisões regularmente para evitar gastos excessivos com reparos. 

Planeje passeios com uma média de gastos prevista e busque opções de lazer gratuitas. 

Adote hábitos de consumo consciente para economizar alimentos, água e energia. 

– Em caso de aluguéis, ao renovar o contrato, proponha uma renegociação ao proprietário e explique sua situação. 

Atenção à organização no início de ano, quando surgem dívidas comuns como: IPTU, IPVA e mensalidades escolares.

 

Fonte: Camila Crepaldi

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