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Uso de cigarros eletrônicos cresce entre jovens e acende alerta à saúde

Cigarro Eletrônico

Mesmo com a proibição pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2009, o uso de cigarros eletrônicos continua a crescer entre os jovens brasileiros, despertando preocupação sobre os riscos à saúde. Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) indicam que a popularidade dos vapes é maior entre homens de 18 a 24 anos e pessoas com maior nível de escolaridade.

Embora os cigarros eletrônicos sejam frequentemente vistos como uma alternativa mais segura aos cigarros tradicionais, especialistas alertam que essa percepção está longe de refletir a realidade. O vapor inalado pelos usuários contém substâncias tóxicas que podem causar inflamações nos pulmões, aumentando o risco de doenças como bronquite crônica e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Além disso, há fortes evidências de que o uso de vapes também está associado a problemas no sistema cardiovascular, como elevação da pressão arterial, aumento dos níveis de adrenalina e maior risco de infartos e acidentes vasculares cerebrais (AVC).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca que os malefícios dos cigarros eletrônicos não se restringem aos usuários. As substâncias nocivas liberadas no ar podem impactar negativamente o ambiente e a saúde de pessoas próximas. Apesar desses alertas, o uso dos dispositivos cresce exponencialmente, mesmo com a proibição de sua comercialização pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2009.

“Nós da área de saúde somos contra o uso de vapes, pois sabemos dos malefícios que isso causa nas pessoas e temos visto os malefícios que o uso tem causado nos pacientes”, disse o pneumologista da Unimed Campo Grande, Dr. Henrique Ferreira de Brito.

A venda ilegal dos vapes é um desafio que, aliado à falta de informação sobre os riscos, tem agravado o cenário. Especialistas alertam que, além dos danos à saúde física, o uso prolongado pode desencadear dependência e outras consequências psicológicas. “Não existem estudos atuais que apresentem benefícios do uso do cigarro eletrônico no intuito de deixar de fazer o uso do cigarro convencional. Pelo contrário, estamos observando que as pessoas que fazem o uso de um, na tentativa de parar de usar o outro, estão ficando com dupla dependência”, disse o especialista.

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