As unidades vinculadas à Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, como o Museu de Arte Contemporânea (MARCO), o Museu da Imagem e do Som (MIS), o Arquivo Público Estadual e a Biblioteca Pública Estadual Dr. Isaias Paim, são responsáveis por guardar e proteger o patrimônio histórico e cultural do estado.
MARCO: Três Décadas de Referência nas Artes
Com 34 anos de atividade, o MARCO consolidou-se como um centro de referência para as artes plásticas. Sua nova sede, inaugurada em 2002, permitiu a ampliação do calendário de exposições e maior intercâmbio com outras regiões. O museu já realizou mais de 500 mostras, envolvendo 400 artistas e atraindo 250 mil visitantes. Seu acervo possui mais de 1.800 obras catalogadas, incluindo pinturas, esculturas, fotografias e documentos de artistas pioneiras como Lídia Baís e Ignês Corrêa da Costa.
Uma das obras de destaque é a tela “O Sopro”, de Humberto Espíndola, que representa a divisão do estado com simbolismos que aludem a um decreto, e não a um conflito armado.
Arquivo Público: Guardião de Documentos Históricos
Criado ainda em 1979, o Arquivo Público Estadual tem a função de preservar documentos da administração pública e de relevância histórica. Sua coleção inclui itens como o acervo da Companhia Matte Larangeira, que retrata o ciclo da erva-mate, e documentos da Colônia Agrícola Nacional de Dourados, importante para a ocupação do sul do estado.
MIS: A Memória Audiovisual do Estado
O Museu da Imagem e do Som (MIS), que completará 28 anos em 2025, é dedicado a salvaguardar a produção audiovisual sul-mato-grossense. Seu acervo abrange discografia, filmografia, fotografia e equipamentos relacionados à cultura, política e sociedade do estado. Atualmente, abriga a exposição “Nos trilhos da memória”, sobre os 100 anos da Ferrovia Noroeste do Brasil.
Biblioteca: Acesso à Informação e Obras Raras
A Biblioteca Pública Estadual Dr. Isaias Paim mantém um acervo de 44 mil publicações, incluindo obras raras e um setor exclusivo para autores locais. Dentre as preciosidades, está o “Album Graphico do Estado de Matto Grosso”, de 1914, considerado um dos primeiros livros sobre a região. O espaço também destaca obras de historiadores como Hildebrando Campestrini e Marisa Bittar, que detalham a trajetória do estado, além de romances emblemáticos como “Inocência”, de Visconde de Taunay.