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Acidentes com escorpiões em MS já superam total de 2024

Escorpião

Faltando dois meses para terminar o ano, o número de acidentes com escorpião em Mato Grosso do Sul já supera o total de 2024. No ano anterior, foram 4.838 ferroadas e, até 22 de outubro deste ano, o Estado já soma 4.921. Acidentes com lagartas também já ultrapassam a marca de 2024.

Os dados foram enviados ao Jornal Midiamax pela CVSAT (Coordenadoria de Vigilância em Saúde Ambiental e Toxicológica), da SES (Secretaria Estadual de Saúde), nesta sexta-feira (31). A preocupação aumenta porque estamos no período propício para a proliferação de escorpiões e outros animais peçonhentos.

“O período de aumento de temperatura, com a chegada do verão e da primavera, tem incidência de chuvas também. Isso faz com que o animal aumente a proliferação, principalmente a reprodução. É justamente o período em que ele busca alimento”, explica Karyston Machado, coordenador da CVSAT.

6.567 acidentes

Entre o início de janeiro e o dia 22 de outubro de 2025, Mato Grosso do Sul registrou 6.567 acidentes com animais peçonhentos, segundo a CVSAT. Já em 2024 o Estado teve 6.678 acidentes.

Serpentes foram responsáveis por 404 acidentes neste ano e 530 no ano anterior. Já as aranhas causaram 347 intercorrências em 2024, e 301 em 2025. Além disso, ferroadas de abelha correspondem a 598 acidentes em 2024 e 563 neste ano, até 22 de outubro.

Por fim, lagartas são responsáveis por 92 acidentes em 2025, até 22 de outubro, e 48 no ano todo de 2024. Assim, o aumento foi de 92% neste período. Os demais casos foram registrados como “outros”.

Como se proteger?

Escorpiões são animais de hábito noturno, ou seja, ficam mais ativos à noite. Durante o dia, eles se escondem em locais escuros e úmidos. Portanto, a recomendação é evitar acúmulo de entulhos, lixo e umidade. Mesmo em prédios altos, há riscos, porque os animais sobem pela tubulação.

 

Além disso, escorpiões e outros animais peçonhentos se alimentam de baratas e pequenos insetos. Então, eliminar baratas ajuda a reduzir a presença desses aracnídeos.

Como prevenir?
  • Se precisar guardar materiais de construção, deixe-os em local elevado;
  • Sempre verifique sapatos e roupas antes de usar;
  • Faça limpeza periódica em ralos, caixas de gordura e redes de esgoto;
  • Lave a caixa de esgoto duas vezes por ano;
  • Mantenha ralos e portas fechados (se não tiver tampa, use plástico);
  • Nunca os manipule com as mãos, vivos ou mortos;
  • Mate-os com segurança e use pinça para colocá-los em um pote com álcool;
  • Em caso de infestação, comunique as autoridades.
Como lidar com ferroada?
  • Lave o local com água e sabão;
  • Procure atendimento médico imediatamente;
  • Não faça torniquete nem tente sugar o veneno;
  • Em crianças e animais, a dor intensa e choro persistente indicam urgência;
  • Observe pontos avermelhados no local da picada.

Com o aumento das chuvas e das temperaturas, a Gerência de Controle de Zoonoses da Sesau alerta para os cuidados necessários na prevenção de acidentes com escorpiões, que tendem a aparecer com maior frequência neste período.

A prevenção passa por um conjunto de ações. A população deve manter quintais e áreas externas sempre limpos, evitando o acúmulo de entulhos, folhas, lixo e materiais de construção, que servem de abrigo e alimento para esses animais. Dentro das residências, recomenda-se vedar ralos, frestas e tubulações, manter móveis afastados das paredes e evitar o acúmulo de objetos no chão.

O que diz a Sesau?

Em nota, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) explicou que o Ministério da Saúde não recomenda o uso de inseticidas, pois esses produtos podem desalojar os escorpiões e aumentar o risco de acidentes. A principal medida de controle é a eliminação de locais e condições favoráveis à presença desses animais.

“Em caso de avistamento, o morador pode acionar o Serviço de Controle de Roedores, Animais Peçonhentos e Sinantrópicos (SCRAPS/GCZ) para vistoria técnica. Já em caso de acidente, a orientação é procurar imediatamente a unidade de saúde mais próxima e, se possível, levar o escorpião (vivo ou morto) ou uma foto para auxiliar na identificação da espécie”.

Para orientações sobre barreiras físicas e identificação de espécies entre em contato pelos telefones: 3313-5000 ou 2020 – 1796/ Mensagens Via WhatsApp: 2020-179.

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