A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul) abriu procedimento administrativo para apurar denúncia de estupro contra uma detenta. O crime teria sido cometido por um policial penal, em Campo Grande, enquanto a presa estava internada sob escolta no hospital Santa Casa.
Em nota a Agepen relatou que a Corregedoria está apurando o caso que também é investigado pela Polícia Civil.
Confira a nota:
“A Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) informa que está enviando todos os esforços no sentido de esclarecer denúncia apresentada pela interna, cuja narrativa necessita de apuração aprofundada das informações prestadas.
A instituição tomou conhecimento da denúncia no último dia 11 de julho e imediatamente determinou abertura de procedimento pela Corregedoria, bem como encaminhou a interna para registro do Boletim de Ocorrência para investigação também por parte da Polícia Civil, sempre zelando pela imparcialidade e total esclarecimento da denúncia.
Cabe esclarecer que a reeducanda estava sob custódia hospitalar, após tentativa de suicídio no presídio, utilizando de remédios fornecidos a ela, conforme prescrição de psiquiatra e, de acordo com o que foi apurado, utilizou também medicamentos prescritos e fornecidos a outras internas da cela.
A reeducanda está mantida momentaneamente na Delegacia de Polícia Civil, de forma preventiva, para fins de apuração.”
O estupro
O crime aconteceu entre os dias 27 de maio a 18 de junho deste ano. A detenta estava internada na Santa Casa, na enfermaria onde ficou isolada em um quarto. Ela contou que era escoltada sempre por policiais militares. Mas, que em uma das ocasiões dois policiais penais fizeram a escolta.
Ela ainda revelou que quando um deles foi descansar no carro, o outro começou a conversar com ela fazendo perguntas de cunho pessoal, se a detenta ficaria com ele. O policial penal a teria beijado, sendo que em seguida teria retirado as algemas que estavam no seu pé. Logo depois, ele a levou para o banheiro e começou a agarra-lá.
A vítima ainda contou que o policial tirou a roupa hospitalar da vítima e nesse momento, ela disse que não queria. Mas, o agente virou o rosto dela contra a parede e a estuprou. Depois, o policial penal saiu e a detenta voltou para a cama relatando não ter o visto mais.
A detenta só teria relatado os fatos para sua mãe no dia 8 deste mês dizendo que estava com medo.
Fonte: Midiamax