Neste domingo, 22 de setembro, é celebrado o Dia do Contador, o profissional que é responsável pela administração tributária de uma empresa, mas cuja função não se limita apenas ao registro de impostos e outras taxas. A assessoria contábil desempenha papel estratégico na melhoria da gestão financeira das organizações, monitorando transações, identificando oportunidades para redução da carga tributária e aumento da margem de lucro, dentre outras atribuições.
Falhar na organização das finanças é um dos principais motivos no encerramento de empreendimentos: segundo estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 48% das pequenas e médias empresas fecham em até três anos em razão da má gestão financeira. “Abrir uma empresa demanda investimento de tempo e dinheiro do micro e pequeno empresário. É natural que se tenha uma alta expectativa com o sucesso e longevidade do empreendimento. Ter que fechar as portas em tão pouco tempo é frustrante e traz prejuízos, não só de ordem financeira, mas também pessoal e de saúde mental”, destaca o contador e professor universitário, Heber Castilho, que é especialista em gestão de empresas da área da saúde.
O país conta, hoje, com cerca de 90 milhões de pessoas que empreendem ou desejam empreender. Não à toa, “Ter o próprio negócio” é o terceiro maior sonho dos brasileiros, perdendo apenas para “Viajar pelo Brasil” e “Comprar a casa própria”, segundo estudo realizado pelo Sebrae e Associação Nacional de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas (Anegepe). “O empreendedor deve ter em mente que adotar uma gestão financeira e tributária adequadas, devidamente monitorada por um especialista contador, é um investimento com um excelente retorno, ou seja, significa ver sua empresa prosperar, estar em dia com o fisco, sem dívidas, e com boa margem de lucro”, destaca o especialista. “E o melhor, sem risco de fechar as portas”, enfatiza.
O contador lista cinco ações essenciais aos micro e pequenos empreendedores, na manutenção da saúde financeira dos negócios. Confira!
1) Mantenha o controle de entradas e saídas
O profissional recomenda o registro de toda transação de recebimento e pagamento, desde o menor valor, por mais ínfimo que seja. “É preciso ter um bom controle de entradas e saídas, para um amplo entendimento de onde o dinheiro está sendo aplicado e, caso necessário, sejam feitos ajustes”.
2) Separe finanças pessoais e empresariais
“Esse é um problema crônico nas empresas e muitas delas fecham por esse descontrole”, alerta Castilho. Segundo ele, é importante haver a separação de contas, com a manutenção de registros bancários e contábeis transparentes.
3) Controle o fluxo de caixa
Acompanhe permanentemente o fluxo de caixa, ou seja, a movimentação financeira da empresa. Esse controle ajuda na análise de recursos disponíveis para pagamento de despesas imediatas, por exemplo. “Problemas no fluxo de caixa trazem junto os problemas de liquidez, o que dificulta na quitação de dívidas ou compras e investimentos importantes”, diz o especialista.
4) Estabeleça um orçamento
Planeje despesas e receitas, estabeleça metas e previsões, por meio de um orçamento, que pode ser mensal ou trimestral. “É muito importante ter essa meta, pois, ajuda a evitar surpresas indesejáveis como, por exemplo, não ter provisão para fazer um pagamento”, aconselha Castilho.
5) Contrate gestão financeira e tributária
Ao micro e pequeno empreendedor é recomendável se cercar de instrumentos que auxiliem na tomada de decisões. “Há ferramentas muito úteis, como softwares de gestão financeira, que otimizam esse controle. Mas nada substitui o conhecimento de um profissional contador, que pode identificar inconsistências e recomendar ajustes, bem como prestar orientação tributária, ajudando a reduzir custos com impostos, gerando economia e aumento do lucro”, finaliza Castilho.