Seja em salas de aula convencionais ou conectados a plataformas digitais, os estudantes têm vivenciado mudanças profundas na educação, impulsionadas pela flexibilidade e inovação.
De acordo com o Censo da Educação Superior 2023, divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em outubro de 2024, o número de matrículas em cursos de graduação no Brasil aumentou 5,6% em relação ao ano anterior, alcançando quase 10 milhões de estudantes. Esse crescimento foi liderado pela modalidade de Educação a Distância (EAD), que apresentou um aumento de 15% no número de cursos oferecidos. Hoje, 71,7% das vagas em instituições privadas são EAD, reafirmando a relevância deste modelo no cenário educacional brasileiro.
A flexibilidade e a personalização são os principais fatores que explicam o avanço da EAD. A modalidade permite que cada aluno progrida no próprio ritmo, seja aprofundando tópicos já dominados ou investindo mais tempo em áreas que exigem maior atenção. Essa abordagem atende diferentes estilos de aprendizagem, como leitura, vídeos, podcasts ou atividades práticas, tornando o processo mais eficiente e motivador.
Além disso, a EAD tem se destacado pelo uso de tecnologias inovadoras. Ferramentas como algoritmos adaptativos e inteligência artificial ajustam os conteúdos de acordo com o desempenho e as preferências dos estudantes, oferecendo uma experiência personalizada. Estudos mostram que o uso dessas tecnologias pode aumentar significativamente o engajamento e a retenção do aprendizado.
Outro ponto de destaque é o papel da EAD na inclusão educacional. A modalidade derruba barreiras geográficas, econômicas e sociais, permitindo que estudantes de diferentes idades, regiões e contextos tenham acesso à educação de qualidade. Isso é especialmente relevante no Brasil, onde o ensino a distância tem sido crucial para expandir o acesso ao ensino superior em áreas remotas.
Com a crescente demanda por métodos de ensino mais flexíveis e adaptáveis, a EAD reafirma seu papel como uma ferramenta poderosa na democratização do conhecimento. Mais do que uma alternativa ao ensino presencial, ela se consolida como uma solução essencial para atender às necessidades de um mundo em constante transformação, colocando o estudante no centro do processo de aprendizagem.
Fonte: Camila Crepaldi