Um novo confronto entre indígenas e a Polícia Militar (PM) resultou na morte de um indígena na manhã desta quarta-feira (18) em Antônio João, Mato Grosso do Sul. O incidente ocorreu após a ocupação de uma área na segunda-feira por indígenas, que já haviam invadido o local anteriormente.
Segundo informações, a PM havia estabelecido um acordo para aguardar a intervenção da Justiça, optando por não retirar os indígenas da área. No entanto, a situação se agravou quando os indígenas avançaram, desrespeitando o acordo.
Durante o confronto, um indígena foi atingido e morreu. Não há informações confirmadas sobre outros feridos. O departamento de perícia está se deslocando de Ponta Porã para Antônio João para investigar as circunstâncias da morte.
A Funai lamentou o ocorrido e acionou a Procuradoria Federal Especializada para investigar o caso. A Funai também se reuniu com o juiz responsável e a Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso do Sul, solicitando providências urgentes e reafirmando que não deve haver medidas possessórias contra os indígenas da Terra Indígena.
A PM relata que os indígenas utilizaram armas de fogo durante o ataque. A situação é ainda mais preocupante considerando um atentado anterior contra um policial na quinta-feira passada, durante a primeira invasão na ponte que divide a fazenda e a aldeia, apesar de uma ordem judicial proibindo a entrada.
Diante da escalada de tensão e dos disparos vindos das matas, a Polícia Militar afirma ter agido para conter a situação. Há relatos de que os indígenas estariam se mobilizando para um novo ataque, aumentando a preocupação com a segurança na região.
As autoridades continuam monitorando a situação, que permanece instável e potencialmente perigosa.
Contexto de Conflitos
Este incidente ocorre em meio a um contexto de conflitos na região. Na semana passada, uma indígena ficou ferida durante um confronto com a Polícia Militar e corre o risco de perder a perna. Dois indígenas foram presos e posteriormente liberados.
Além disso, no dia 12 de setembro, uma ponte foi incendiada durante a ocupação da fazenda Barra Mansa, deixando o comandante da Polícia Militar de Ponta Porã e outros três policiais ilhados. O dono da fazenda registrou um boletim de ocorrência alegando incêndio criminoso provocado por indígenas.
Fonte: conteudoms