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Membro do PCC morto em troca de tiros em Campo Grande tinha passagens por tráfico, roubo e furto

Membro do PCC morto em troca de tiros em Campo Grande tinha passagens por tráfico, roubo e furto

Vinicius Rodrigues Vieira, de 22 anos, conhecido como ‘Playboy’, morto em uma troca de tiros com policiais do Bope (Batalhão de Operações Especiais), na madrugada desta sexta-feira (19), tinha várias passagens pela polícia. A troca de tiros aconteceu no Bairro Jardim Aeroporto.

‘Playboy’ como era conhecido o membro do PCC (Primeiro Comando da Capital) tinha passagens por tráfico de drogas, roubo majorado, furto e direção perigosa. As passagens tiveram início em 2016 e se estenderam pelos anos de 2019, 2020, 2021 e 2022.

Vinícius tentou se esconder na casa onde estava dormindo a sua namorada de 16 anos. A garota foi encaminhada para a Deaji (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude). Na casa, foram apreendidas maconha e cocaína, que seriam comercializadas.

Troca de tiros
A troca de tiros aconteceu no Jardim Aeroporto, por volta da 1h50 da madrugada, quando os policiais faziam rondas na região e visualizaram, na Rua Guaimbe, uma pessoa com trajes escuros e ao ver a viatura passou a correr pulando vários muros de residências.

Os policiais viram quando Vinicius entrou em uma casa, e na sequência os militares entraram já que o portão estava entreaberto. No mesmo quintal havia outra residência, e o morador saiu para ver o que acontecia.

Nesse momento, os policiais questionaram sobre o autor, mas o morador alegou que na sua casa não havia ninguém se escondendo. Em varredura na casa ao lado, que fica no mesmo terreno, verificou-se a porta apenas encostada e Vinicius foi visto dentro de um dos cômodos. Ao ver os policiais, o autor avançou em cima da equipe.

Foi ordenado que ele recuasse. A ordem foi obedecida e Vinicius levado para a varanda para ser revistado. Um dos policiais entrou no quarto para fazer a vistoria, e nesse momento o autor ignorou as ordens e foi em direção ao cômodo onde estava o policial.

Vinicius entrou em luta com o policial e outro militar foi ajudar na contenção do membro do PCC. Ele foi novamente levado para a varanda, mas conseguiu se desvencilhar e correr para outra porta que estava aberta, pegando uma arma de fogo tipo revólver calibre .32, indo para cima dos policiais.

Foram dadas diversas ordens para que largasse a arma, momento em que aconteceu os disparos. Vinicius foi atingido e socorrido para a Santa Casa, mas morreu no hospital.

No quarto onde estava Vinicius foram encontradas algumas porções de cocaína e maconha. No mesmo local, dormindo, estava uma adolescente de 16 anos, namorada de Vinicius. Ela contou que o companheiro era membro do PCC, e ela simpatizante da facção. Os dois juntos vendiam drogas. Ela detalhou que a cocaína era vendida ao valor de R$ 250 reais a caixa e que, inclusive, a droga teria chegado para venda na data de 18 de agosto. Foram apreendidos alguns celulares no local.

Policiais ‘proibidos’ de ir a bairro
O Bairro Jardim Aeroporto, onde aconteceu a troca de tiros com policiais do Bope na madrugada desta sexta (19), já foi palco da ‘proibição’ da entrada de policiais do Batalhão de Choque, que até tiveram pedido de prisão pelo MPMS (Ministério Público Estadual).

O caso começou quando os policiais realizaram abordagem a um casal suspeito de atuar no tráfico de drogas. Eles acabaram na casa da família, que acusou os policiais de abuso e agressão. Segundo o relato do casal, havia crianças na casa e os policiais do Choque foram violentos.

A decisão acabou rendendo orientação aos policiais que negou o pedido da prisão dos PMs, mas aplicou medidas restritivas. Entre elas, consta que os policiais estão proibidos de ‘se aproximar dos ofendidos descritos no processo, de seus familiares e das testemunhas arroladas na ação, no limite mínimo de 500 metros’.

‘Estão proibidos de manter qualquer tipo de contato com os mesmos e não podem tirar serviço nas áreas de atuação compreendidas pelas residências das vítimas e testemunhas desse processo’, diz a decisão sobre os policiais de Campo Grande.

Ainda segundo a decisão, o descumprimento das medidas restritivas aplicadas poderá acarretar conversão em prisão preventiva.
Fonte: Midiamax

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