O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) intensificou a cobrança por medidas estruturais urgentes para conter um processo erosivo em curso na Estrada do Pantanal, no município de Coxim. A intervenção é motivada pelo risco de assoreamento do Rio Taquari, um problema histórico na bacia que está sendo agravado pelo carreamento de sedimentos.

As investigações do inquérito civil apontam que obras de elevação da estrada, conduzidas pela Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (AGESUL), resultaram em um sistema de drenagem inadequado. Devido à falha na contenção, o volume de água das chuvas extravasa, invadindo propriedades rurais e depositando grande quantidade de terra diretamente no rio, conforme constatado em vistorias do Núcleo de Geotecnologias (Nugeo).

Embora a AGESUL tenha comunicado a realização de ações paliativas, como a limpeza de bueiros e ampliação de valas, o MPMS considerou as providências insuficientes para garantir a proteção ambiental. A Promotoria notificou a agência novamente, estabelecendo um prazo de 90 dias para a apresentação de uma solução definitiva.

Paralelamente, o órgão ministerial mantém em andamento quatro inquéritos civis na mesma região de Coxim, todos relacionados a danos ambientais. As apurações focam em casos de desmatamento e construções irregulares identificadas em Áreas de Preservação Permanente (APP) ao longo das margens do Rio Taquari.

Fonte: conteudoms