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Nem câmeras impediram que rua se transformasse em verdadeiro lixão

Nem câmeras impediram que rua se transformasse em verdadeiro lixão

Instaladas para flagrar quem joga lixo, nem as câmeras impediram que a Rua Coronel Miquelino Barbosa, entre as ruas Fernando de Noronha e Paulo Afonso, na Vila Sobrinho, em Campo Grande, se transformasse em um verdadeiro lixão. Os moradores chegaram a bloquear a via nesta segunda-feira (6) para chamar a atenção das autoridades.

E deu certo, pelo menos por enquanto. A rua Coronel Miquelino Barbosa foi limpa nesta terça-feira (7), pela prefeitura de Campo Grande. No entanto, a limpeza não animou muito a empresária Hyara Barbosa Borralho, de 46 anos. Moradora na região há 14 anos, ela conta que o problema é recorrente. “O pessoal vem, limpa e daqui a pouco já tem gente aqui jogando lixo de novo”, lamenta.

 

Hyara revela que as pessoas começam jogando o lixo nos terrenos em volta, depois na calçada e quando não tem mais espaço, jogam na rua. “Eles param aqui de carro com tudo que você imagina, tem de tudo um pouco. Sofá, material para construção, animal morto”, revela ao Campo Grande News.

A empresária garante que são moradores de outros bairros que jogam lixo, isso porque, quem mora na região chegou a instalar câmeras de segurança para flagrar a situação. “Há dois meses parou um cara em uma Saveiro branca para jogar lixo. A gente foi lá e pediu para não jogar, mas ele desceu com um facão e correu atrás, questionando quem era a gente para querer dar ordem na rua”, lembra.

Além da sujeira, os animais – muitos peçonhentos – aparecem com frequência. “Escorpião e rato aparecem direto dentro de casa e o pior de tudo ainda colocam fogo no terreno. Vereador acionamos uns três e ninguém toma providência, o que falta é conscientização da população mesmo”, complementa.

No trecho há dois terrenos, de frente para o outro. Um está em processo de inventário, pois o proprietário faleceu. No outro, o proprietário colocou metalon para cercar a área, mas não adiantou. “As pessoas passaram a jogar o lixo na rua, aí vieram e furtaram até o metalon”, fala Hyara.

“Gente folgada!”, reclama outro morador, o corretor de imóveis, Evaldo Ramires, de 64 anos. Ele mora na rua Paulo Afonso há mais de oito anos e já perdeu as contas de quantas vezes já chamou o Corpo de Bombeiros. “Eles colocam fogo também, já tivemos que chamar os bombeiros várias vezes. Nem a câmera de segurança afugenta, porque tudo que não presta eles jogam aqui”.

O corretor também não se animou com a limpeza desta terça. “Eu te convido a vir aqui na semana que vem e você vai ver que vai ter lixo de novo. Vira uma podridão”, lamenta.

E a limpeza, fica com quem? Vale lembrar que não é obrigação da Solurb – concessionária responsável pela gestão da Limpeza Urbana e o Manejo de Resíduos Sólidos da Capital – recolher esse tipo de material. Neses casos, a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) faz a limpeza.

 

No entanto, a pasta informa que jogar lixo na rua se caracteriza em crime ambiental, sendo que as denúncias podem ser feitas para o 156 (contato da prefeitura), Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana), Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), ou para a GCM (Guarda Civil Metropolitana).

Caso o infrator seja identificado, poderá ser autuado de modo administrativo e criminal. De acordo com a Semadur, a multa varia entre R$ 2.478,50 e R$ 9.914. Além disso, o infrator terá que fazer a limpeza do local.
Fonte: Campo Grande News

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