Em coletiva realizada em Campo Grande – MS, o Exército anunciou que o número de mulheres interessadas no alistamento voluntário já é o dobro das vagas disponíveis. Com 99 vagas distribuídas entre base de administração e apoio (60), Hospital Militar (12) e Colégio Militar (27), foram registrados 197 interessados até o momento.

Destaques do alistamento:

• Podem se alistar mulheres que completaram ou vão completar 18 anos até 31 de dezembro de 2025
• Inscrições on-line ou presenciais na Junta Militar, Rua Antônia Maria Coelho, 300, Campo Grande – MS
• Prazo final para se alistar é 30 de junho deste ano

A maioria das candidatas optou pela inscrição on-line, com apenas 12 mulheres indo até a Junta Militar. Silvia Mota, responsável pela Junta Militar, espera que mais de 500 jovens se registrem no estado ainda este ano.

Processo e preparação: Segundo o tenente-coronel Roberto Júnior, chefe da Sessão de Serviço Militar Regional, o Exército se prepara para a chegada das mulheres desde o ano passado. O processo de seleção passa por três fases, com incorporação prevista para 2026. A reestruturação nas instalações em Mato Grosso do Sul inclui melhorias em alojamentos e banheiros para acolher as novas militares.

As interessadas prestarão serviço por um ano e poderão permanecer na reserva não remunerada após este período, necessitando de registro anual on-line por quatro anos e comparecimento presencial no quinto ano. Diferentemente do alistamento obrigatório para homens, as mulheres podem desistir durante o processo de seleção sem a necessidade de concluir todas as etapas para emitir certificado.

Testemunhos e benefícios: Durante a coletiva, Roberto Júnior ressaltou que as mulheres já estão inseridas no Exército desde 1992, destacando formações históricas em instituições como a Escola de Administração e Saúde e a Academia Militar. A expectativa é que a maior presença feminina em 2026 qualifique o quadro e fortaleça a instituição.

A tenente Fernanda Villalba compartilhou sua experiência na corporação, enfatizando tratamento igualitário e oportunidades de liderança. Ela recomenda o Exército como um bom caminho para a qualificação profissional e início de carreira para jovens.

O alistamento feminino em Campo Grande, além de promover inclusão e diversidade, reforça a qualidade e modernização das Forças Armadas, atraindo mais mulheres para os quadros do Exército Brasileiro.