É um hábito comum entre animais domésticos farejar ou mordiscar tudo que se vê pela frente, seja no interior de casa, no quintal, jardim ou até mesmo durante um passeio. Esse típico comportamento ocorre, principalmente, quando se trata de filhotes. No entanto, os tutores devem estar atentos com o tipo de objeto que o animalzinho entra em contato. Um exemplo são as plantas ornamentais utilizadas para decoração de ambientes internos e externos, que apresentam um potencial tóxico para o amigo peludo.
De acordo com o médico veterinário e professor do curso de Medicina Veterinária da Uniderp, Lucas Azuaga, a ingestão ou contato físico de cães e gatos com plantas tóxicas são casos atípicos em clínicas veterinárias, porém a maior parte ocorre por falta de informação dos donos. “Além de fatores como idade e ambiente, o que pode levar o animal a comer plantas é a falta de atividade física ou mental. O pet pode se sentir entediado e desenvolver comportamentos curiosos”, explica.
Normalmente, os sintomas de intoxicação podem ser confundidos com doenças infecciosas ou parasitárias. Isso ocorre porque variam entre náuseas, vômito, constipação, distúrbio respiratório, hipertermia (temperatura do corpo elevada), hiperemia (alteração na circulação sanguínea), secura da pele e mucosas, entre outros sinais clínicos semelhantes.
O especialista recomenda que ao identificar alguma mudança no comportamento do bichinho, um profissional veterinário deve ser procurado imediatamente. Identificar quais plantas estavam no local de contaminação também é importante. Além disso, é preciso relatar como ocorreu esse contato e se o pet conseguiu expelir partes no vômito.
A preocupação também deve ocorrer tanto para animais mais velhos quanto para filhotes, uma vez que o metabolismo pode estar prejudicado ou pouco desenvolvido, apresentando uma deficiência na defesa do organismo quando há intoxicação. Por isso, é fundamental buscar ajuda de um médico veterinário para realizar todos os procedimentos necessários.
A seguir, o médico veterinário elenca as plantas que normalmente são encontradas nos lares e áreas externas, e são capazes de oferecer risco à saúde de animais domésticos:
Lírio da paz (Spathiphylum wallisii)
Espada de São Jorge (Sansevieria trifasciata)
Bico de Papagaio (Euphorbia pulcherrima Wiild.)
Comigo Ninguém Pode (Dieffenbachia picta)
Copo de Leite (Zantedeschia aethiopica)
Samambaia (Pleopeltis pleopeltifolia)
Azaleia (Rhododendron simsii)
Filodendro (Philodendron)
Primula ou primavera (Primula abconica)
Hortênsia (Hydrangeia macrophylla)
Palma de Ramos (Cycas revoluta)
Fonte: Camila Crepaldi – Ideal H+K Strategies