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Pressão de 12 por 8 é considerada pré-hipertensão

hipertensão

Uma nova diretriz estabeleceu mudanças na classificação dos quadros de pressão arterial no Brasil. Valores entre 12 por 8 e 13,9 por 8,9 agora são considerados pré-hipertensão. Antes, até 13,9 por 8,9 era considerado um valor normal.

Com isso, a pressão considerada de risco passou a ter novos parâmetros, conforme divulgação da SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia), da SBN (Sociedade Brasileira de Nefrologia) e da SBH (Sociedade Brasileira de Hipertensão), feita nesta quinta-feira (18).

O objetivo da reclassificação é reforçar a prevenção, já que, como o quadro de hipertensão ainda não está totalmente consolidado, mudanças no estilo de vida já podem evitar a evolução para cenários mais graves. Nesses casos, o início de tratamento com medicamentos pode ser considerado também, dependendo do risco individual.

A empreendedora Marilene Veneno Venon chegou aos 60 anos com boa saúde. Para se manter assim, ela tem um hábito importante.

“Eu, por exemplo, já fiz [neste ano] meus exames de rotina, de tudo: prevenção, de pressão, e levo meu filho também. Então, eu aconselho as pessoas que têm esse tipo de problema, principalmente pressão alta, a se prevenirem”, compartilha Marilene.

“Pressão alta é aquele tipo de coisa que não pode, como no caso da pressão baixa, colocar um salzinho embaixo da língua para se sentir melhor. Ela não passa assim, então, se você não se cuidar, você não percebe, e pode, de repente, te dar uma vertigem, você pode cair de uma hora pra outra, e ter até o temido infarto”, avalia.

Outros países do mundo já haviam atualizado a diretriz. Em 2024, o Congresso Europeu de Cardiologia reclassificou a pressão de 12 por 8 como “pressão arterial elevada”, reforçando a preocupação dos especialistas do mundo com a prevenção.

 

Casos de infarto em MS

Até o início deste mês de setembro, Mato Grosso do Sul registrou 923 óbitos por infarto agudo do miocárdio e 450 por AVC (acidente cardiovascular) somente em 2025, conforme dados da SES (Secretaria Estadual de Saúde). No ano de 2024, foram contabilizadas 1.727 mortes por infarto e 737 por AVC. Com quase 28% da população hipertensa, o Estado está com quadro de alto risco da doença. Segundo o Ministério da Saúde, as doenças cardiovasculares, especialmente o infarto agudo do miocárdio, seguem sendo a principal causa de mortalidade no Brasil. Apenas no primeiro semestre de 2025, foram registrados 1,6 milhão de atendimentos ambulatoriais relacionados ao infarto, conforme dados do SUS (Sistema Único de Saúde).

 

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