Um tremor de terra foi registrado nesta semana no município de Rio Verde de Mato Grosso, localizado a 201 quilômetros de Campo Grande. O abalo sísmico alcançou a magnitude de 3.0 na escala Richter e foi detectado na bacia sedimentar do Pantanal, a uma profundidade de 5 km na região da Nhecolândia, área conhecida por atividade sísmica recorrente.
De acordo com dados do Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP), Mato Grosso do Sul registrou 34 abalos sísmicos nos últimos 11 anos, todos em municípios do Pantanal e das serras de Bodoquena e Maracaju.
A coordenadora do Laboratório de Sismologia da UFMS, Edna Maria Facincani, explicou que terremotos são comuns no Pantanal porque a bacia pantaneira ainda está em formação. “Esses sismos ocorrem devido ao esforço acumulado na região, que precisa liberar essa energia na forma de tremores”, disse a especialista.
O professor George Sand, do Centro de Sismologia da USP, complementa dizendo que a região onde ocorrem esses tremores possui uma falha geológica conhecida como “Falha de Coxim”, que contribui para a atividade sísmica local.
“Essa falha tende a se movimentar e, por isso, embora os tremores não sejam de grande magnitude, eles são recorrentes em cidades como Sonora, Miranda, Rio Verde de Mato Grosso, Corumbá e Coxim”, diz Sand.
O município de Miranda é o que apresenta a maior concentração de abalos sísmicos no estado, com 14 ocorrências, representando 44% dos registros no estado, segundo informações obtidas pelo site JP News.